segunda-feira, 28 de junho de 2010

Brasil confirma freguesia do Chile e pega a Holanda

Luiz Ricardo Fini, enviado especial Johanesburgo - África do Sul

O Brasil confirmou nesta segunda-feira que não poderia ter encontrado um adversário melhor nas oitavas de final da Copa do Mundo da África do Sul. Mesmo desfalcada de Elano e Felipe Melo, no estádio Ellis Park, a equipe pentacampeã manteve a regularidade, venceu por 3 a 0 e provou nesta segunda-feira que o Chile se transformou em seu principal freguês dos últimos anos. Agora, Dunga se prepara para encarar a Holanda.
Comandado pelas arrancadas de Kaká e com mudanças programadas de posições (Lúcio chegou a atacar), o Brasil não teve dificuldades para impor ao adversário a sexta derrota na 'era Dunga'. Na sexta-feira, pelas quartas de final, a seleção canarinho enfrenta a Laranja, em Porto Elizabeth.
Para chegar à próxima fase, o Brasil abriu o placar no primeiro tempo com o zagueiro Juan. Pouco depois, Luís Fabiano ampliou a vantagem com um belo tento, driblando o goleiro Bravo. Já na etapa complementar, Robinho completou.
Titulares absolutos de Dunga, os lesionados Felipe Melo e Elano poderiam até fazer falta, mas foram substituídos com maestria por Ramires e Daniel Alves, até porque os chilenos não se fecharam na retranca.
O jogo: Os instantes iniciais da partida desta segunda-feira poderiam dar ao torcedor a certeza de que Marcelo Bielsa tem mesmo motivos para carregar o apelido de "El Loco", pois o Chile começou com três atacantes diante do Brasil. Mas González, Sanchez e Suazo pouco produziram nas duas primeiras jogadas da partida, que surgiram no sistema ofensivo chileno.
Assim, depois dos dois avanços do adversário, o Brasil encaixou seu conhecido contragolpe, quando Daniel Alves fez excelente lançamento para Luís Fabiano, que invadiu a área e chutou errado. Aos poucos, Bielsa mostrou que não estava tão ousado em colocar sua equipe para frente, e os três atacantes mostraram responsabilidade em voltar para defender.
O Brasil, então, tomou a iniciativa. Gilberto Silva arriscou a batida da entrada da área e deu trabalho ao goleiro Bravo. Com um jogo mais rápido no meio-campo, as duas equipes tentaram apostar na troca de passes e, em um descuido brasileiro, Suazo recebeu no meio da marcação, dominou e emendou a batida, mas na direção de Júlio César.
Do outro lado, Contreras deu um carrinho na área depois de cobrança de escanteio e atingiu a perna de Lúcio, que caiu e pediu pênalti, mas o árbitro considerou a jogada normal. A seleção canarinho seguiu com mais chutes, apesar da posse de bola bem dividida.
Até que, aos 34 minutos, Maicon cobrou escanteio, Luís Fabiano não alcançou e Juan apareceu logo atrás para cabecear firme, fora do alcance do goleiro, abrindo o placar para os pentacampeões. Com o Chile abalado, a equipe de Dunga aproveitou para ampliar.
Apenas quatro minutos depois, Robinho encarou a defesa pela esquerda e rolou perto da meia-lua para Kaká, que enfiou de primeira na área para Luís Fabiano. A zaga chilena pediu impedimento, mas o camisa 9 estava em posição legal, driblou o goleiro Bravo com extrema habilidade e tocou para o gol aberto.
O segundo gol foi o sinal que a torcida verde-amarela esperava para entoar o canto "cadê, Chile" nas arquibancadas do estádio Ellis Park. Antes do intervalo, Michel Bastos ainda encontrou espaço pela esquerda para bater cruzado, perto da meta adversária.
Com a obrigação de buscar a reação para se livrar do adeus, Bielsa colocou Valdívia na vaga de González para o segundo tempo, além de Tello no posto de Contreras. Mas o Brasil seguiu com bom toque de bola, apenas aguardando o momento certo de encaixar nova jogada de perigo.
Assim, quase sem esforço, a seleção brasileira acabou com qualquer sonho de reação dos chilenos. Ramires pegou a bola no meio-campo, não se importou com três marcadores e rolou para Robinho bater de primeira para as redes.
Sem alternativa, o Chile se lançou ao ataque, mesmo abrindo espaços para contragolpes brasileiros. Suazo até conseguiu driblar Lúcio na área para finalizar e dar trabalho a Júlio César, enquanto, do outro lado, Robinho marcou um gol anulado por impedimento.
Aos poucos, os chilenos desistiram do jogo e aceitaram a desclassificação diante dos pentacampeões.


Robinho se igualou como o maior algoz chileno na história, com os mesmos oito gols de Pelé

Fonte da foto: http://www.gazetaesportiva.net/nota/2010/06/28/642688.html

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